Número total de visualizações de páginas

sábado, 23 de outubro de 2010

Posição da APE relativamente à exclusão de Enfermeiros dos CODU

Tal como explanado no Plano Estratégico do INEM, e bem, para os TEPH,
observando os ganhos na qualidade do desempenho por via da rotação
dos profissionais entre a Central de Emergência e a prestação de cuidados
de socorro no terreno, naturalmente o mesmo princípio se aplica aos
enfermeiros. O correcto aconselhamento e encaminhamento dos meios
SIV, por meio de um vocabulário similar e reconhecido entre pares, a
diferenciação ao aconselhamento dos vários meios SBV que necessitam de
passar dados e a correcta triagem e encaminhamento de vias verdes
(AVC e Coronária) são 3 áreas em que os enfermeiros são,
indiscutivelmente, uma mais-valia relativamente ao desempenho
produzido por qualquer TOTE ou, futuramente, TEPH, para além de que
prestam um apoio inegável aos Médicos CODU, libertando estes para um
maior controlo e apoio à triagem realizada pelos TOTE.
O argumento apresentado no Plano Estratégico referente à concorrência
entre Médico e Enfermeiro no CODU e à inexistencia de exemplo
semelhante em modelos europeus revela falta de criatividade e até, diga-se,
algum autismo. Médicos, Enfermeiros e TOTES complementam-se
podendo emprestar ao modelo português um exemplo de singularidade,
complementaridade e, sobretudo, qualidade ao trabalho desenvolvido
pelo CODU.
A APE convida o INEM, antes de se apoiar unicamente em cópia ou análise
de modelos externos, em analisar o trabalho desenvolvido nos últimos dois
anos pelos Enfermeiros no CODU, uma vez que esses profissionais,
trabalhando sempre sob condições precárias e com atrasos sucessivos de
pagamento, sempre garantiram a operacionalização da escala e com
elevados niveis de produtividade. A exclusão dos Enfermeiros do CODU é,
em nossa opinião, um erro estratégico claro que fragiliza o desempenho do
CODU e o torna mais permeável a erros.

Sem comentários:

Enviar um comentário